Programas de Intercâmbio

Intercâmbio na Coreia do Sul: a experiência de Cecília em Seul


O interesse pela cultura coreana e o sonho de trabalhar com canto e dança levaram a natalense Cecília Lopes a escolher um destino pouco comum para estudar no exterior: Seul. A jovem escolheu a Scool para contratar seu intercâmbio para a Coreia do Sul, e depois das primeiras semanas nos contou como está sendo a experiência.

Cecília tem 18 anos e está matriculada na escola Lexis Korea, fazendo um curso de coreano com aulas das 9h às 12h15 durante quatro meses. Ela vem conciliando as aulas com treinos de dança e canto, e no tempo livre aproveita para mergulhar na cultura coreana.

“É quase uma versão de ponta cabeça da nossa cultura”, conta. Quer saber como é fazer intercâmbio na Coreia do Sul? Veja a entrevista:

Intercâmbio na Coreia: a experiência de Cecília

Por que você escolheu fazer intercâmbio na Coreia do Sul?

Eu sempre fui inclinada à arte desde pequenininha. Dança e canto principalmente sempre foram muito importantes pra mim, mas eu nunca cogitei seriamente em seguir batalhando por essa área pela perspectiva péssima que temos no Brasil pra esse tipo de profissão.

Aí acabei me interessando pelo KPOP. Era só um gosto musical no início, mas recentemente alguma coisa simplesmente se encaixou na minha cabeça e eu percebi o quanto tudo era apenas uma realidade como qualquer outra – tá certo, uma realidade do outro lado do mundo, mas ainda assim.

Fui me lembrando como quando mais nova eu também tinha interesse em ser uma figura pública para ser capaz de fazer pessoas rirem, se animarem através de pequenas coisas, ações, fotos, vídeos… Eu gostava de imaginar isso.

Foi então que eu percebi que eu tinha que correr atrás do que eu realmente amava e queria fazer na vida, não podia só fazer o ENEM sem nem saber direito pra onde queria ir em faculdade no Brasil e ficar por isso mesmo. Gosto de KPOP como gênero musical e ele engloba muita coisa que eu aspiro. Estou correndo atrás de uma oportunidade nesse meio!

O que está achando da escola?

É uma ótima escola, níveis bem divididos e uma didática muito boa! Pequena em dimensão mas compensa com sua qualidade no ensino. Só é um pouco cara…

Todo dia se tem alguma atividade extra pra fazer, que pode variar tanto de grupos de estudo a tours por Gangnam e práticas de culinária!

Como são as aulas?

Os níveis são bem divididos. No primeiro dia fazemos um teste de nivelamento para sermos designados à classe de nível mais adequado. As aulas são inteiramente em coreano mas é bem fácil se acostumar a ouvir e logo você entende praticamente tudo que a professora fala. Toda semana temos um livro diferente para o conteúdo que estudaremos e toda segunda fazemos teste pra checar nossos desempenho.

Eu estou gostando no geral, porém, minha rotina é pesadíssima com treinamentos de dança e canto, então os testes semanais viram grandes sacrifícios.

Qual é seu tipo de acomodação? Quais os pontos positivos e negativos?

Estou hospedada num mini-estúdio que encontrei no airbnb! Tem bem mais pontos positivos que negativos, devo dizer. Como pontos positivos eu posso citar a liberdade que possuo, não tenho hora para estar em casa ano fim do dia e ter momentos apenas com minha companhia são muito mais que bem-vindos.

Já os pontos negativos são coisas com as quais você se acostuma rápido: comprar sua comida e organizar seu espaço, manter o ambiente limpo, essas coisas… Mas vale ressaltar que onde estou hospedada eu posso solicitar limpeza do local por 25000won e troca da roupa de cama por 5000won.

Leia também:
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Você usou o serviço de traslado na chegada? Como foi?

Sim, foi uma experiência interessante! O senhor que dirigia o translado não falava um pingo de inglês, mas era extremamente simpático.

O que está achando do clima?

Eu cheguei aqui no começo da primavera porque era um sonho meu ver as cerejeiras florindo! O clima da primavera é muito bom, só um pouquinho frio pra quem não está acostumado a permanecer em temperaturas abaixo de 15°C na maior parte dos dias.

O único choque que tive foi com a poluição local. Eu já havia lido sobre a presença de pólen e sujeira trazidos da China pelo sentido dos ventos, mas definitivamente não estava preparada pra a realidade daqui.

O índice de poluição em seus piores dias vai além de 150 no medidor de qualidade do ar enquanto minha cidade de origem (Natal – RN) permanece regularmente num índice de 15. Fiquei doente por uma semana e levei quase outra inteira pra me recuperar.

Como é o custo de vida aí?

Similar ao nosso e ao mesmo tempo diferente. Acredito que vem da cultura. Muitas coisas aqui têm preços equivalentes ao que temos no Brasil (como refeições), enquanto outras são absurdamente mais baratas (como produtos para cuidados com a pele).

E a vida noturna?

Depende muuuito de onde você está. Seoul é um mundo inteiro por si só. Em Hongdae tem artistas de ruas e clubes estilosos frequentados por pessoas mais jovens, em Jamsil tem pessoas de todas as idades andando pelas ruas LOTADAS de restaurantes.

Já em Gangnam tem muitas lojas que variam muito nos preços e muitos centros de cirurgia plástica, é uma área mais rica e as pessoas andam mais arrumadas e as vezes até com procedimentos estéticos recém-realizados ainda aparentes no rosto. É muito variado aqui.

O que acha da culinária?

Maravilhosa! Tudo bem que aqui é mais difícil e caro de se conseguir carne bovina, mas o que eles fazem com a carne suína é muito gostoso! Os pratos tradicionais geralmente são bem saudáveis e acompanham diferentes pratinhos com preparos vegetais e o famoso Kimchi.

Você recomendaria um intercâmbio na Coreia do Sul? Por quê?

Não é pra qualquer um, isso é um fato. É uma língua que não se parece com nada que vemos em nosso dia a dia e o destino é absurdamente distante. A cultura é extremamente diferente da nossa, como já mencionei.

Porém, esses pontos podem ser tanto negativos quanto positivos, depende da mentalidade do(a) interessado(a). Seoul em especial é realmente um boom em crescimento e é incrível conviver com isso.

Faria algo diferente se pudesse ter essa experiência de novo?

Buscaria minhas aulas extras (canto e dança) mais rápido. Também buscaria informações sobre vistos para se visitar países próximos – eu acabei perdendo a oportunidade de ir ao Japão porque não busquei informações sobre.

Nós da Scool agradecemos pelo relato e desejamos que seus próximos meses de intercâmbio sejam muito enriquecedores, Cecilia!

E você, já fez intercâmbio na Coreia do Sul ou pensa em fazer? Conta aí nos comentários ou entra em contato com nossos consultores para saber como ir estudar nesse país fascinante.

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